Para Chesnais o capital financeiro industrial e o financeiro “puro” estendem-se por quase todo o mundo, de modo que os grandes bancos, os fundos de investimentos, as sociedades financeiras e as grandes companhias de seguros comandam e se beneficiam desta nova forma do capitalismo. No entanto, estas instituições não chegaram nesta posição de vantagem se não contassem com a ajuda dos Estados, diga-se de passagem, dos países desenvolvidos que incentivaram o crescimento destas, pois também serviriam aos seus interesses. No que Chesnais diz “Sem a ajuda ativa dos Estados, os FMN e os investidores financeiros institucionais não teriam chegado às posições de domínio que sustentam hoje e não se manteriam tão à vontade nessas posições. A grande liberdade de ação da qual eles gozam no plano doméstico e a mobilidade internacional quase completa que lhes foi dada, necessitaram de inúmeras medidas legislativas e reguladoras de desmantelamento de instituições anteriores e de colocação no lugar das novas” (CHESNAIS, 2005).
O autor vai além ao afirmar que a globalização não é um processo integrador, muito pelo contrário, a globalização é desigual e excludente, pois a globalização e/ou capitalismo separa ainda mais os ricos dos pobres, existe, portanto, uma polarização na qual os Estados ricos ficam cada dia mais ricos, e os países pobres cada vez mais pobres. Neste sentido Chesnais (2005) tem frisado bastante é a questão da Tríade (a América do Norte, a Europa Ocidental e o Japão) na qual partirão todas as importantes decisões que irão repercutir mundo afora, principalmente dos Estados Unidos, que segundo ele “os Estados Unidos são o pivô de tudo e o ponto de onde partem os mais importantes impulsos em direção às outras partes do mundo, tanto do “Norte” como do “Sul”. Os Estados Unidos são também, deste modo, o ponto em direção ao qual convergirão em compensação, mais cedo ou mais tarde, as principais contradições da mundialização, principalmente os fatores sistêmicos de fragilidade financeira”. Por fim, o autor deixa claro que a mundialização do capital não é “americana”, mas sim capitalista, de todos os países.
CHESNAIS, François. Mundialização: O Capital Financeiro no Comando. Disponível em:
http://74.125.155.132/scholar?q=cache:vvXqZ3ul80EJ:scholar.google.com/+Mundialização:+o+capital+financeiro+no+comando&hl=pt-BR&as_sdt=2000
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