GLOBALISMO, GLOBALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO?

O que globalizou foi o fenômino do Estado-Nação. Agora tem Estado Nacional para todos os lados. No início do século XX, eram 60 países, no máximo. Agora tem 200 Estados. O capital, quanto mais fortalece e expande, mais fica nacionalista.

(José Luis Fiori)

sábado, 27 de março de 2010

Etapa 3 c) e d) Processo de Globalização e Capitalismo: Globalização não é um Jogo Inocente - Entrevista com Nicholas Stern

Como já tratado no post anterior, segundo Nicholas Stern, a globalização não é um jogo inocente. Ele define a globalização como um processo que envolve integração de capitais, de pessoas e integração comercial e cultural. Portanto ele afirma, em sua entrevista ao jornal Folha de São Paulo, que os países só devem abrir suas economias nos setores em que sabem que são competitivos, pois ele reconhece que a derrubada de barreiras não deve ser feita de forma ingênua, os países em desenvolvimento devem procurar abrir suas economias naquilo que lhes for vantajoso comercialmente.
Nicholas Stern classificou a Índia e a China como " nações mais globalizadas", ele fez essa análise através da integração comercial dos paises e o impacto dessa integração no crescimento e na redução da pobreza. "Acho que esse é o único critério "limpo". Não quis julgar nem avaliar outras políticas ou os instrumentos que os países usaram para elevar o comércio".O ex-economista chefe do Bird afirma que houve mudanças positivas nos índices de crescimento e de pobreza desses países depois de iniciarem uma integração comercial.
Sobre o Brasil, Stern defende a idéia de que o país não deve usar o protecionismo dos países industrializados para adotar suas próprias medidas protecionistas e protelar a abertura comercial. De acordo com ele, o Brasil e outros países em desenvolvimento devem abrir suas economias naquilo que lhes for vantajoso comercialmente. É o caso da Índia, Nicholas Stern cita, que derrubou as barreiras quando concluiu que elas já não mais eram benéficas. A decisão foi tomada pelos indianos, não por outros países. "Não é ingênuo derrubar barreiras de maneira seletiva" afirma Nicholas Stern.


Entrevista com Nicholas Stern, Dezembro de 2001, “Globalização não é um jogo inocente”. Disponível em: http://www.globalizacion.org/entrevistas/SternGlobzBancoMundial.htm





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