Adepto a corrente dos ultraglobalistas Ulrich Beck propõe uma distinção entre Globalidade e Globalização afim de livrar a Europa dos fantasmas da primeira modernidade. Como Globalismo entende-se que o mercado mundial substitui a ação política do Estado e reduz a globalização a uma única dimensão – a economica -, deixando as demais dimensões (cultural, ecológica, social e política) à merce do mercado mundial. “O Globalismo é subordinador [...] um imperialismo da economia, no qual as empresas impõem as condições sob as quais ela poderá otimizar suas metas” (BECK, 1999, p. 28). Beck faz uma distinção entre globalismo de afirmação e globalismo de negação, este último busca refugio no protecionismo quando acredita não mais poder lutar contra o mercado mundial. Para o autor nunhum país pode viver isolado.
É dentro deste contexto que, para Beck, “Globalização significa [...] os processos em cujo andamento os Estados nacionais vêem a sua soberania, sua identidade, suas redes de comunicação, suas chances de poder e suas orientações sofrerem a interferência cruzada de atores transnacionais” (BECK, 1999, p. 30).
O autor considera oito fatores irreversiveis (não podem ser reproduzidos, nem reduzidos) com o surgimento da globalização. São eles: a ampliação geográfica e crescente do comércio exterior; a revolução dos meios tecnológicos; a exigência por direitos humanos e inclusão do principio (discurso) democrático; a industria cultural global; o surgimento de novos atores transnacionias (companhias, ONGs, uniões nacionais), a questão da pobreza mundial; a destruição do meio ambiente e por fim, os conflitos transculturais localizados.
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