Para Ulrich Beck, a política da globalização vem acarretar o "desmantelamento do aparelho e da tarefa do Estado com vistas à concretização da utopia anarco-mercadológica do Estado mínimo." Ainda segundo Beck, com a globalização, as empresas transnacionais assumiram um papel fundamental na economia e na sociedade. Ele justifica isso, dizendo que "empresas podem produzir em um país, pagar impostos em outros e exigir investimentos públicos sob a forma de aprimoramento da infra-estrutura em um terceiro." Em sua distinção de globalismo e globalização, Beck diz que o primeiro, reduz o alcance da globalização a um único aspecto, o econômico. Já a globalização, ou globalidade, envolve aspectos econômicos, culturais e políticos, que juntos, transmitem uma idéia de que é impossível se manter isolado, tanto quando se pensa em Estados, como em pessoas, e, ainda, de que esse processo é irreverssível.
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Agora mais do que nunca, quando lemos sobre globalização o assunto está diretamente ou indiretamente ligado ao aspecto econômico. Se acreditarmos que o processo da globalização não é um mito, seria muito parcial relacionar o processo apenas com o âmbito econômico. Como Ulrich Beck afirma, a globalização envolve a economia, cultura e a política, o que nos leva a acreditar (ou supor)de que é impossível se manter isolado. E se me perguntarem em qual ponto eu concordo com Beck seria exatamente esse: a impossibilidade de se manter isolado, por exemplo, se um banco quebra ou um novo vírus surge, nada disso pode ser isolado. Eles têm o potencial de chegar a quase todos os lugares de uma vez. Eles podem destruir o principal ponto do complexo internacional de sistemas.
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