GLOBALISMO, GLOBALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO?

O que globalizou foi o fenômino do Estado-Nação. Agora tem Estado Nacional para todos os lados. No início do século XX, eram 60 países, no máximo. Agora tem 200 Estados. O capital, quanto mais fortalece e expande, mais fica nacionalista.

(José Luis Fiori)

domingo, 21 de março de 2010

Etapa 2 - a) Principais pressupostos das correntes teóricas sobre globalização: Ultraglobalistas

A principal característica da corrente ultraglobalista é afirmar que a globalização é um fenômeno inédito, pois acreditam que o cenário internacional passou por mudanças significativas que alteraram a sua dinâmica; a causa do pensamento ultraglobalista é a intensa integração econômica pelo desenvolvimento do sistema capitalista, pois os ultraglobalistas acreditam que a economia internacional passa por mudanças significativas na sociedade contemporânea.

Os ultraglobalistas se baseiam em três principais pressupostos, a saber; 1) Novidade histórica do processo de globalização; 2) Desenvolvimento da Economia Mundial rumo à integração econômica (integração dos mercados formando uma economia global); e 3) Redução e/ou alteração nas funções do Estado.

Os ultraglobalistas analisam o processo de globalização do ponto de vista econômico do debate, considerando as dimensões quantitativas do processo. Os ultraglobalistas acreditam que a economia mundial passa por alterações que mudam a ordem mundial, a economia passa a ser entendida como economia global. E a formação desse mercado global possui três características principais, a saber: desregulamentação (desenvolvimento produtivo); dinamismo; e desenvolvimento tecnológico. Ocorre a Interdependência Econômica, ou seja, a integração dos mercados formando uma economia global.

Nesse texto será tratado de dois representantes da corrente ultraglobalista, Kenick Ohmae e Thomas Friedman. De acordo Kenick Ohmae a Interdependência Econômica altera profundamente a dinâmica geográfica e os limites das fronteiras nacionais, Ohmae afirma que as fronteiras estão se tornando porosas, ou seja, elas estão se tornando mais flexíveis, e quem controla os limites dessas fronteiras não é mais o Estado-nação, quem controla os seus limites são os mercados globais. Ohmae acredita que os atores do Sistema Internacional não são mais os Estados, e sim os mercados globais.

Já Thomas Friedman não afirma que o Estado chegou ao fim, como afirma Ohmae, porém acredita que o Estado ganhou uma importância secundária, o Estado deve ser um facilitador do processo de globalização, deve trabalhar como promotor do desenvolvimento econômico, pois a preocupação central dos Estados deixa de ser a segurança dos seus cidadãos e passar a ser identificada como a maximização dos ganhos e o desenvolvimento econômico. Concluindo, para Friedman, o Estado deve se comportar como um Estado-Pequeno, ou seja, o Estado precisa deixar o mercado livre para distribuir o capital; um estado de qualidade atuaria como um Estado-Pequeno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário